Outono Inesquecível: 5 Destinos Mágicos no Hemisfério Sul
Descubra lugares onde o outono revela sua beleza mais encantadora — perfeitos para viagens românticas, relaxantes ou cheias de aventuras
Por Márcia Pavarini
Folhas Douradas e Vinhos de Safra
O outono no hemisfério sul é uma estação mágica, onde as temperaturas amenas e as paisagens vibrantes criam a atmosfera perfeita para quem busca uma pausa na correria. As cores intensas das folhas e a tranquilidade de alguns destinos são o convite ideal para quem deseja se conectar com a natureza e aproveitar o charme da estação.
Se você ainda não tem planos para essa época, confira cinco destinos imperdíveis para explorar no outono:
1) Vale dos Vinhedos (RS) – O outono das uvas e dos Vinhos
Localizado na Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul, o Vale dos Vinhedos é famoso pelas suas vinícolas de produção de vinhos espumantes, paisagens encantadoras, e outras atrações, repletas de história e cultura dos imigrantes italianos. A gastronomia também está no radar do turismo.
Durante o outono, a região se transforma: as vinhas tingem-se de tons dourados e vermelhos, criando cenários perfeitos para passeios e trilhas. Esta é a época ideal para quem ama bons vinhos, gastronomia e o clima ameno da serra.
Principais atrações no Vale dos Vinhedos
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Degustação de vinhos: Uma excelente oportunidade para provar vinhos de diferentes safras diretamente nas vinícolas.
• Tour pelas vinícolas: Explore as renomadas vinícolas Miolo, Casa Valduga e Salton.
• Gastronomia: Aproveite a culinária típica italiana e local em restaurantes pitorescos.
• Trilhas e passeios: Caminhadas por vinhedos com vistas panorâmicas.
📌 Dicas rápidas:
– Reserve com antecedência a visita às vinícolas mais famosas como Miolo, Casa Valduga, Salton.
– Explore a gastronomia local.
• Como chegar: A maior parte do Vale dos Vinhedos fica no município de Bento Gonçalves, que por sua vez, fica a 120 km de Porto Alegre. Para quem vem de outros estados, chegando em Bento Gonçalves, o principal caminho para se chegar ao Vale, é pela ERS-444, também conhecida como a Estrada da Vindima.
• Hospedagem: Hotéis aconchegantes e pousadas familiares (ex: Hotel & Spa do Vinho).
• Melhor época: março a junho, quando as vinhas estão em sua fase mais vibrante e a temperatura é amena.
2) Bariloche, Argentina – Muito além da neve: outono de cores e charme
Famosa pelos cenários nevados do inverno, Bariloche também surpreende, e muito, no outono. Nessa época, a cidade se transforma: as florestas que cercam os lagos cristalinos ganham tons dourados, avermelhados e alaranjados, criando um cenário digno de cartão-postal. É o momento ideal para quem busca tranquilidade, paisagens deslumbrantes e contato com a natureza, sem o agito da alta temporada.
As trilhas ficam mais convidativas, os mirantes oferecem vistas espetaculares, e o ar fresco da estação torna tudo ainda mais especial. Além disso, a cidade continua encantadora com seu charme alpino, a gastronomia rica e, claro, os famosos chocolates artesanais.
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Entre as atrações imperdíveis:
• Cerro Campanário: A subida (de teleférico ou trilha) leva a uma das vistas mais impressionantes da região — especialmente com o colorido do outono nos vales e lagos.
• Tour pelos lagos Nahuel Huapi e Moreno: Passeios de barco revelam a beleza serena das águas cercadas por alamedas douradas.
• Trilhas e caminhadas: O Parque Nacional Nahuel Huapi oferece trilhas para todos os níveis, passando por bosques, rios e mirantes.
• Degustação de chocolates: Bariloche é considerada a capital do chocolate argentino — um passeio pelas chocolaterias locais é quase obrigatório.
Minha dica? Bariloche no outono é uma alternativa encantadora para quem quer fugir do frio intenso do inverno, mas ainda assim viver o lado mais mágico da Patagônia argentina.
📌 Dicas rápidas:
• Como chegar: Voo até San Carlos de Bariloche (com conexões em Buenos Aires) + traslado ao centro.
• Hospedagem: Hotéis e cabanas com vista para os lagos são ótimas opções (ex: Llao Llao Resort, Charming Luxury Lodge).
• Melhor época: abril a junho, quando as cores do outono estão mais intensas e o clima é fresco, mas agradável.
• Experiências: Passeios de barco, trilhas, mirantes, gastronomia e chocolate artesanal.
3) Campos do Jordão (SP): Um pedacinho da Europa na Serra da Mantiqueira
Sabe aquele lugar que parece ter saído de um conto de fadas, com clima ameno, casinhas em estilo europeu e montanhas por todos os lados? Pois é, Campos do Jordão é exatamente assim! Localizada a cerca de 1.600 metros de altitude, no coração da Serra da Mantiqueira, essa charmosa cidade paulista é o destino ideal para quem busca aconchego, natureza e uma boa dose de romantismo.
No outono e no inverno, a cidade fica ainda mais encantadora — as folhas mudam de cor e cobrem o chão como um tapete natural, o friozinho chega e a cidade se enche de lareiras acesas, fondues borbulhando e casacos estilosos desfilando pelas ruas.
Campos do Jordão foi carinhosamente apelidado de “Suíça Brasileira” devido à sua arquitetura de influência europeia, ao clima ameno e às paisagens de montanha. O frescor outonal é um convite para aproveitar a gastronomia local e os passeios ao ar livre. Nada mais romântico, do que sentar-se em um dos inúmeros restaurantes, seja nas mesas ao ar livre, ou no aconchego do salão, e degustar a culinária local, acompanhada de uma cerveja artesanal ou de uma taça de vinho.
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O que fazer por lá?
Campos tem uma vibração deliciosa e várias atrações que valem a visita. Dá uma olhada:
– Parque Estadual do Horto Florestal
Um dos meus lugares preferidos! Ideal pra quem curte trilhas leves, piqueniques, ar puro e, se der sorte, até ver uns bichinhos da mata.
– Morro do Elefante e teleférico
A vista lá de cima é lindíssima! O passeio de teleférico é clássico e rende fotos incríveis da cidade.
– Parque Amantikir, conhecido como “OS JARDINS QUE FALAM”, no berço da Serra da Mantiqueira, abriga centenas de espécies de plantas, flores e arvores, dispostas em jardins temáticos.
– Ducha de Prata
Uma sequência de quedas d’água com lojinhas de artesanato ao redor — vale o passeio, especialmente com as folhas caídas pelo caminho.
– Palácio Boa Vista
Residência de inverno do governador de SP, tem uma arquitetura linda e um acervo artístico bem interessante. Também rola uma vista top da serra!
– Vila Capivari
É o coração da cidade: ruas floridas, cafés charmosos, lojinhas, restaurantes, cervejarias artesanais, e dá pra passar por horas, só curtindo o clima europeu sem sair do Brasil.
– Festival Internacional de Inverno
Se for no meio do ano, fique de olho: é quando rola o famoso festival de música clássica, que toma conta da cidade com concertos e eventos culturais.
– Gastronomia de montanha
E claro, não dá pra ir a Campos e não se jogar num fondue, numa truta bem feita, num chocolate quente ou numa cerveja artesanal local, né?
📌 Dicas rápidas:
• Como chegar: Cerca de 2h30 de carro de São Paulo (melhor ir de carro para explorar a região com mais liberdade).
• Hospedagem: Para uma experiência mais acolhedora, aposte em chalés com lareira ou pousadas boutique próximas ao Capivari (ex: Hotel Vila Inglesa, Pousada Alto da Boa Vista).
• Melhor época: Abril e junho, quando o clima está ameno, os preços ainda são acessíveis e as paisagens ganham cores outonais.
• Experiências: Caminhadas entre araucárias, tardes preguiçosas em cafés charmosos, jantares à luz de velas e o ar puro da serra como companhia.
Minha dica? Campos é aquele refúgio para quem quer desacelerar, curtir o friozinho e se sentir, por alguns dias, em um pedacinho da Europa sem precisar sair do Brasil.
4) Salar de Uyuni, Bolívia – A magia branca no coração dos Andes
Prepare-se para conhecer um dos lugares mais surreais e mágicos da América do Sul: o Salar de Uyuni, na Bolívia. A primeira impressão é a de uma visão polar, só que em vez de neve é sal que brilha, como partículas de cristal, estendendo-se por uma imensidão branca até o horizonte, onde esbarra com o céu de um intenso azul.
Coberto por um mar de sal, cercado por vulcões de até 5000m, atividades geotermais, ilhas de cactos gigantes, vales, desertos avermelhados, formações rochosas, lagos coloridos com flamingos, gêiseres borbulhantes, o Salar de Uyuni é como um safári surreal pelo planeta Marte, só que com sal e céu azul. Ele é o único ponto natural brilhante do planeta que pode ser visto do espaço.
No outono, é uma das melhores épocas para visitar o Salar de Uyuni. Em maio, no fim da temporada de chuvas, quando o Salar ainda está parcialmente alagado, você tem a chance de ver aquele famoso espelho gigante que reflete o céu. Um fenômeno único no mundo, que rende fotos espetaculares e uma sensação de estar flutuando entre as nuvens.
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O que fazer por lá:
• Salar de Uyuni: Passeio de 1 a 3 dias para explorar o deserto de sal e tirar aquelas fotos criativas com perspectiva.
• Ilha Incahuasi: Uma ilha no meio do Salar, cheia de cactos gigantes, com vista panorâmica de tirar o fôlego.
• Lagunas Altiplânicas: Como a Laguna Colorada e a Laguna Verde, que mudam de cor conforme a luz e a temperatura.
• Gêiseres de Sol de Mañana: Fumarolas e poças de lama borbulhante num dos pontos mais altos do tour.
• Cemitério de trens: Uma parada inusitada e muito fotogênica perto de Uyuni.
📌 Dicas rápidas:
• como chegar: A maneira mais prática é voar até La Paz (Bolívia), depois pegar um voo local para Uyuni ou um ônibus noturno. Outra opção é cruzar a fronteira a partir de San Pedro de Atacama (Chile), com passeios combinados de 3 dias.
• Hospedagem: Uyuni tem hotéis simples, mas há opções inusitadas como hotéis de sal ou lodges no meio do deserto (ex: Hotel Palacio de Sal).
• Melhor época: de maio a outubro (se preferir ver o Salar alagado a melhor época é no início de maio.
• Minha dica? Leve roupas para o frio (faz muito frio à noite!), protetor solar, óculos escuros e carregue sempre água e lanchinhos.
5) Urubici, Santa Catarina – Brasil: Cores outonais na serra catarinense
Urubici é aquele tipo de destino que encanta pela simplicidade e pelas paisagens de tirar o fôlego. No outono, a cidade ganha tons dourados e avermelhados nas araucárias e nos campos, enquanto o friozinho da serra começa a aparecer — ideal para quem busca natureza, aconchego e clima de montanha.
Urubici fica no Planalto Serrano catarinense, no Vale das Canoas, cerca de 174 km da capital Florianópolis, a 915 m de altitude. A cidade oferece uma combinação irresistível de beleza natural e charme rural. A gastronomia típica da serra — com fondue, cafés coloniais e pratos caseiros — completa a experiência. E à noite, o céu limpo costuma brindar os visitantes com verdadeiros espetáculos de estrelas.
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Atrações imperdíveis em Urubici
- Morro da Igreja – Paisagem indescritível face à grandiosidade da natureza.
- Pedra Furada, A famosa Pedra Furada, com formato de uma igreja é um espetáculo à parte. Dica: registrar o veículo e agendar a visita com antecedência no site do ICMBio.
- O imponente Cânion do Espraiado, ficaa 35 km de Urubici, pela SC-439, e mais 12 km de estrada de terra. O acesso ao cânion é por trilhas.
No outono, já é um pouco frio para encarar as águas das cachoeiras, mas a visita vale a pena, não só pela beleza das quedas, como por caminhar pelas trilhas admirando a natureza exuberante.
- Cachoeiras da Cascata do Avencal, uma aventura emocionante com queda de 100 metros cercada pela majestosa natureza.
- Cascata Véu de Noiva. Uma queda de 62 metros de altura, com água cristalina. Ela fica a 30 minutos do centro da cidade pela via SC-370, ah tem opção para tirolesa.
- Cachoeira Rio dos Bugres, com 218 metros, despenca pelos paredões rochosos, formando uma cortina de água que se perde entre a mata nativa criando um espetáculo de sons e névoa de beleza selvagem.
- A gastronomia típica da serra — com fondue, cafés coloniais e pratos à base de pinhão e trutas, completa a experiência sensorial em Urubici.
- Minha dica? Urubici é um refúgio perfeito para desacelerar, respirar ar puro e aproveitar a estação mais charmosa do ano cercado por natureza.
📌 Dicas rápidas:
• como chegar: São aproximadamente 3h30 de carro a partir de Florianópolis. Quem mora nas regiões vizinhas, pode ir de carro ou ônibus até Urubici. Quem vem de outros estados, deve chegar de avião até o aeroporto internacional de Florianópolis e alugar um carro, ou ir de ônibus. O ideal é ir de carro alugado até Urubici.
• Hospedagem: Chalés com lareira e vista para o verde são os mais procurados (ex: Eco Pousada Serra do Panelão, Chaleira Preta).
• Melhor época: abril e junho, com temperaturas mais baixas e paisagens em tons outonais.
• Experiências: Trilhas, mirantes, gastronomia serrana e visitas a cachoeiras e cânions.
E você, já viveu o outono em algum desses destinos? Compartilhe sua experiência ou diga qual lugar está na sua lista de sonhos!
