Khajuraho – Templos Do Amor



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Por volta do século IVº, um hindu chamado Mallinaga Vatsyayana resolveu desenhar algumas práticas corporais que levavam os casais a aproveitar ao máximo o clímax sexual, ou seja, posições que aumentassem a intensidasde do prazer durante o orgasmo. Mallinaga passou a escrever sobre o comportamento sexual humano e a desenhar posições em que os amantes deveriam se colocar para que ambos os corpos entrassem em sintonia e desfrutassem os prazeres que um poderia proporcionar ao outro simultaneamente.
A essa coletânea de gravuras e escritas ele deu o nome de KAMASUTRA. Em sânscrito “KAMA” significa sexo ou desejo, e “SUTRA” técnica, num aforismo à ciência do amor.
O manual, com as posições sexuais do Kama Sutra, foi escrito em Sânscrito para a nobreza da Índia. Seus ensinamentos, embora conduzam ao prazer, visam, em primeiro lugar, à elevação espiritual do homem em sua trajetória religiosa. Mallinaga era adepto da filosofia TÂNTRICA, onde o sexo é mais do que um prazer: é um ritual .
O KAMASUTRA é composto de 84 diferentes posições, cuja excitação está intimamente relacionada com as fases da lua. Cada fase, corresponde um ponto do corpo a ser tocado.


Quase mil anos depois da existência de Mallinaga Vatsyayana, um rei chamado CHANDELA, que também era adepto da filosofia TÂNTRICA, mandou construir vários templos com esculturas nas posições do KAMASUTRA aos quais denominou KHAJURAHO. Os templos foram construídos em arenito e granito de várias tonalidades, por volta do ano 950 a 1050 d.C,e estão divididos em três grupos: o grupo leste,sul e oeste, sendo este, que domina a vila,o mais impressionante. Cada um deles é destinado a uma devoção: ao Deus Shiva, Vaishnava ou Jaina.
Situado no Estado de Madhya Pradesh, no coração da Índia, KHAJURAHO foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.


As esculturas, além das posições eróticas que representam grande sensibilidade, refletem uma sociedade livre de inibições. Elas expressam a celebração das atividades de todos os humanos dispondo um aspecto de natureza do próprio hinduismo, um genuíno amor e respeito pela vida.