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San Carlos de Bariloche – Por Márcia Pavarini

Textos e fotos Márcia Pavarini

“Las brasileñas”  trajando calças justas e botas altas, arrancam suspiros dos argentinos ao desfilar seu charme e elegância pelas ruas de Bariloche… Nesses últimos anos, a invasão dos brasileiros tem sido a salvação dos comerciantes que vêem renascer a esperança de uma boa temporada, já que a depressão econômica do país dificulta o turismo nacional.

O texto acima é parte de um artigo  publicado por um Jornal de grande circulação da cidade mais freqüentada por brasileiros na Argentina: San Carlos de Bariloche.

Durante a temporada de inverno, o centro comercial de San Carlos de Bariloche,  poderia ser confundido com o de qualquer outra cidade montanhosa do Brasil, não fosse a NEVE. Nas ruas, nos bares, discotecas, lanchonetes, restaurantes, lojas, enfim, por todos os cantos, o idioma que mais se ouve é o português bem brasileiro, já que, “brazuca”, é o que não falta por lá.  São tantos, que em vez de Bariloche está sendo chamada de BRASILOCHE.

A preferência dos brasileiros por Bariloche tem incontáveis razões: A cidade é rodeada por montanhas, bosques, lagos e rios com paisagens deslumbrantes.

O turismo é barato, a cultura gastronômica é uma verdadeira arte para os gourmets e  as compras, a preços convidativos,  fazem a felicidade de todos, ou… de quase todos, menos para aqueles maridos impacientes, é claro.

Banhada pelo exuberante lago Nahuel Huapi, a cidade esbanja charme e glamour. Além de tudo isso, ainda tem NE-VE e as pistas de esqui oferecem diversão garantida tanto para os iniciantes como para os “experts”.

Como se não bastasse tudo isso, ainda tem a facilidade de locomoção, já que os vôos (de 2horas) chegam diretos de Buenos Aires. Ainda quer mais? Ah, tem também aquelas chocolatarias artesanais onde dá vontade de soltar a criança que existe lá no fundo da gente e se  lambuzar até o pescoço com aqueles chocolates macios e saborosos, com tudo o que é recheio imaginável.

Capital dos lagos Patagônico, San Carlos de Bariloche é uma das cidades mais importantes da província do Rio Negro e um dos centros turísticos invernais mais tradicionais do país.

O nome BARILOCHE provém da língua mapuche, que significa “povo de trás da montanha”. Isto porque seus primitivos habitantes, os índios mapuches, eram originários do outro lado da Cordilheira dos Andes. A altitude menor dos Andes na região de Bariloche (em alguns casos, inferior aos 1000 m, cobertos de bosques) permitiu aos mapuches migrarem há séculos do sul do Chile para a região da Patagônia argentina.


CENTRO CÍVICO

Projetado em 1940, o conjunto arquitetônico do centro Cívico é um Monumento Histórico Nacional, onde funcionam os órgãos oficiais. A Praça que rodeia o Centro Cívico oferece uma bela vista do Lago Nahuel.

A cidade tem uma arquitetura característica conhecida como “andina”, que se compõe de pedra, madeira e telhas de pizarra negra.


CALLE MITRE

A alguns passos do Centro Cívico fica a rua principal e a mais badalada de Bariloche. Sempre movimentada em razão do seu vibrante comércio de artesanato, roupas, restaurantes, equipamentos e, principalmente, das chocolatarias, a Calle Mitre é considerada um dos pontos turísticos da cidade.


ISLA VICTORIA – Parque Nacional Nahuel Huapi

Tanto no verão quanto no inverno, em Bariloche há excursões para todos os gostos. Todavia, a mais procurada é a da Ilha Victoria que parte do Puerto Pañuelo. Após 30 minutos de navegação pelo Lago Nahuel, chega-se à Ilha Victoria para uma excursão pela luxuriante vegetação entre centenárias sequóias e ciprestes.


ARRAYANES – BOSQUE DO “BAMBI”

Após a visita à Ilha Victoria, embarca-se  novamente com destino ao Puerto Quetrihue, para visitar o mundialmente famoso Bosque de Arrayanes, uma formação arbórea única em sua espécie. O Bosque foi declarado área inatingível e monumento natural.

O encantador Bosque dos Arrayanes, é formado por árvores da cor de canela. O percurso dos Arrayanes é feito por uma passarela de madeira que atravessa o bosque e vai dar numa casinha de chá, que mais parece um desenho do Wall Disney, aliás, foi nesse Bosque que se ele se inspirou para fazer o filme “Bambi”.


CERRO OTTO – CONFEITARIA GIRATÓRIA

O Cerro Otto, que fica a apenas 5km do Centro Cívico de Bariloche, ergue-se a 1405 m de altitude revelando uma paisagem cinematográfica dos lagos Nahuel Huappi, Moreno, Gutiérrez, dos cerros Tronador e Catedral e as penínsulas de San Pedro y LLao LLao.

O acesso ao Cerro pode ser feito de carro que chega até a certa altura, e, dali em diante, é necessário continuar num “funicular”, uma espécie de trenzinho. O acesso até o cume pode ser feito, também,  por gôndolas panorâmicas envidraçadas com plexiglás, que percorrem uma distância de 2.100m até a estação Superior do Cerro Otto, onde fica a surpreendente Confeitaria Giratória, a única da América do Sul.


CERRO CATEDRAL

Os picos de pedra que coroam o cume do Cerro Catedral assemelham-se  às torres de uma catedral Gótica. Daí a origem do nome. O Cerro Catedral  é o centro de atividades de montanha mais desenvolvido da América do Sul. As pistas de esqui oferecem opções para todos os níveis  do esporte. Na base, fica a badaladíssima e movimentada praça de alimentos com lojas, restaurantes, show ao vivo e lanchonetes onde acontece o Happy Hour depois do esqui.

Bariloche abriga um dos cenários naturais mais espetaculares do país. É um lugar de esportes extremos ou do reconfortante descanso junto a um esplêndido panorama.

Além da hospitalidade do povo o visitante pode desfrutar  das paisagens, sabores e sensações que, certamente, farão parte das melhores lembranças de viagem.

Márcia Pavarini

Marcia Pavarini é advogada de profissão, fotógrafa e apaixonada por viagens. Compartilha suas andanças pelo mundo no Diário das 1001 Viagens.

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